Polícia acredita que incêndio em rádio de Cristal do Sul foi criminoso
Caso ocorreu na noite de terça-feira; galão foi encontrado com combustível.
Recipiente vai ser periciado; funcionário de rádio estima prejuízo em R$ 50 mil.

Um incêndio em uma rádio comunitária em Cristal do Sul, no Norte do Rio Grande do Sul, pode ter sido criminoso. É o que acredita a delegada Aline Palma, responsável pelo caso. “Tenho praticamente certeza disso”, disse ao G1. O crime ocorreu na noite de terça-feira (11) na cidade de pouco mais de 2,8 mil habitantes.
Conforme a delegada, uma janela foi quebrada e em seguida foi lançado um galão com combustível. Uma testemunha relatou à polícia que viu um vulto de uma pessoa próximo da rádio. “Em seguida, a testemunha ouviu um estrondo e já viu fogo. Depois ele chamou o pessoal da rádio”, conta a delegada.
Como estava muito escuro, a testemunha não conseguiu identificar a pessoa que teria ateado fogo na rádio. Segundo a delegada, a princípio não há câmeras de segurança próximo do local, o que poderia auxiliar na identificação de algum envolvido. Nesta quinta-feira (13), o galão de combustível será encaminhado para análise no Instituto Geral de Perícias (IGP).
Além disso, a polícia não sabe quantas pessoas participam do crime, e qual motivação elas tinham. Entretanto, a delegada observa que no sábado (1) – um dia antes das eleições – foram levados equipamentos da rádio. E, entre quinta (29) e sexta (30) um grupo de pessoas ligadas a partidos políticos cercou o local. “Tem todo esse histórico. Pode ser que tenha relação com isso”, cogita.
Em depoimentos, funcionários negaram que sofriam ameaças, mas a delegada não descarta nenhuma hipótese. Nos próximos dias, a polícia pretende ouvir trabalhadores e diretores da rádio.
Motivação desconhecida
Funcionários da rádio também dizem não saber a motivação. “A gente não sabe o que pode ter motivado isso, porque o trabalho que realizamos é com entidades e com a comunidade”, afirma ao G1 o locutor da Rádio Coletiva FM de Cristal do Sul Levi Oliveira, dizendo que não há relatos de ameaças a quem trabalha no local.
De acordo com o funcionário, a perda foi total, estimada em aproximadamente R$ 50 mil, o que impede que os trabalhos sejam retomados tão cedo. “São equipamentos caros. Vamos fazer uma reunião hoje com a diretoria para ver o que pode ser feito”, completou.
Fonte G1 RS