
Foto de TJRS / Reprodução
O médico Leandro Boldrini, condenado pela morte do filho Bernardo Uglione Boldrini, teve o direito de exercer a medicina cassado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) nesta terça-feira (11).
O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) ingressou com recurso para se habilitar no processo disciplinar depois de o Conselho Regional de Medicina (Cremers) absolver Boldrini em processo disciplinar, o que permitiu que ele continuasse atuando como médico. Segundo o MP-RS, não cabe recurso à decisão do CFM.
— Hoje é um dia emblemático em busca de Justiça para o menino Bernardo. Depois de processo longo, o MP conseguiu a cassação de Boldrini — destacou a Promotora de Justiça Alessandra Moura Bastian da Cunha, coordenadora do Centro de Apoio Operacional Criminal e de Acolhimento às Vítimas do MP-RS.
Segundo Alessandra, na sustentação oral feita durente o julgamento, o MP-RS conseguiu demonstrar que o médico contribuiu e planejou o homicídio e usou conhecimentos da medicina para esse intento. A atuação do MP-RS junto ao conselho e a decisão são inéditos, segundo a promotora.
Em novembro de 2023, Boldrini foi absolvido em um processo disciplinar conduzido pelo Cremers, fato que o possibilitou continuar exercendo a atividade profissional. Depois disso, o MP recorreu e enviou uma petição de habilitação no processo já no CFM. O Tribunal Superior de Ética Médica (TSEM) do órgão entendeu como legítima a participação do MP no processo ético-profissional.
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