
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, autorizou a permanência da Força Nacional em Nonoai e determinou o aumento do efetivo na região para conter a escalada da violência nos conflitos indígenas. A decisão foi resultado de uma articulação do Ministério Público do Estado (MPRS), conduzida pelas promotoras de Justiça de Nonoai, Cátia Gabriela Bonini, e de Planalto, Débora Lopes de Morais.
Nos últimos dias, a disputa entre dois cacicados pelo controle da liderança indígena gerou uma série de ataques. Pelo menos 25 casas foram incendiadas e quatro indígenas ficaram feridos por disparos de arma de fogo – três deles em tentativas de homicídio.
Diante da gravidade da situação, as promotoras buscaram diálogo com o Ministério Público Federal (MPF), responsável constitucionalmente pelos conflitos indígenas, e identificaram formas de o MPRS contribuir com os esforços de segurança. A partir desse entendimento, acionaram o procurador-geral de Justiça, Alexandre Saltz, que intercedeu junto ao governo estadual.
"A resposta rápida do Ministério Público Estadual foi essencial para garantir mais segurança à população e evitar o agravamento da violência, especialmente contra mulheres e crianças indígenas, que estão em situação de vulnerabilidade", destacaram as promotoras.
A reunião que definiu as medidas emergenciais contou com a participação de representantes do MPF, Polícia Federal, Brigada Militar, Força Nacional, Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI) e Ministério dos Povos Indígenas.
Publicado por
